Disponibilização: Sexta-feira, 5 de Novembro de 2010
Diário da Justiça Eletrônico - Caderno Judicial - 1ª Instância - Interior - Parte I
São Paulo, Ano IV - Edição 827
3048
Quanto a Nescau, conquanto conste no seu interrogatório que não o conhece, quer esclarecer que disse ao Delegado de
Polícia que o conhece e foi por intermédio de JABÁ que conheceu.
JABÁ é analfabeto, não sabe ler nem escrever, mas para negócio com carros, ele é cativante, mas acredita que não sabe
desenvolver atividade de caça-níquel.
JABÁ usou de uma suposta sociedade com MAURÍCIO e ORLANDO para se favorecer eventualmente, mas não para
prejudicar.
Esclareceu que na ligação do dia 23.07.09, 11h55min, 7880-2309, é ele quem fala com ROBERTO ABÓBORA, mas ressaltou
dizendo que, conforme se pode ouvir ele não queria falar comigo, mas com alguém da delegacia. Indagado se o escritório
referido na conversa é a delegacia, confirmou positivamente.
Quanto a WILSON MAGRÃO conhece-o há muito tempo. Trabalhou na Grid Multimarcas e WILSON tem uma borracharia em
frente. MAURÍCIO era cliente dele, comprando e consertando rodas.
Quanto ao áudio do dia 15.07.09, 14h33, 7866-3720, explicou do que se trata e informou que não é WILSON o interlocutor.
Sobre o áudio do dia 22.07.09, 12h39, 7866-3720, informou que é um diálogo com JABÁ, não tem nada a ver com o
processo. Dado o movimento na delegacia no dia da ligação, ficou preocupado e ligou.
Sobre o processo administrativo que sofreu quando estava na DISE explicou que toda a delegacia tomou punição de 15 dias,
inclusive o réu. Muitos policiais que ficaram presos acabaram sendo soltos e foram demitidos a bem do serviço público. Mario
Biagio é um deles, por quem tem apreço ainda hoje e por isto continua conversando.
Executados os áudios do dia 12.07.09, 21h24, 21h38 e 22h20, 7866-3720, disse que os interlocutores são ORLANDO, o réu
e Gilson, que usava o ID de Luiz Cláudio, o Coruja.
Reclamou que foi chantageado pela Promotora de Justiça, Dra. Aline, para falar a verdade sob pena de a esposa saber que
o réu tem amante. Disse que falou por cinco minutos com a Promotora de Justiça, quando isto foi por ela dito. A Promotora de
Justiça, Dra. Aline, respondeu à acusação, negando a imputação e informando que tinha muita gente, advogados e Escrivães,
que podem comprovar a inverdade.
OBSERVAÇÕES DO INTERROGATÓRIO
Não negou MAURÍCIO os contatos que aparecem em sua agenda do celular.
Assim, admitiu que conhece Nescau, WILSON MAGRÃO, JOSÉ ORLANDO, ROBERTO ABÓBORA.
Com ABÓBORA disse teve contato em razão de uma transação de motocicleta.
A sociedade entre ele, JABÁ e ORLANDO foi negada, mas há conversa entre JABÁ e Pingo que o contraria. A sociedade nas
8 máquinas da Casa do Norte do Ciço reforçou a denúncia feita por VINÍCIUS DALBEN ALVES.
O relato de Lia Maria Camelo, subscrito por dois Delegados de Polícia reforça a existência da mesma sociedade.
ORLANDO conhecia Nescau, tanto que menciona em diálogo com JABÁ, quando este disse que estava esperando o
nazarento chegar.
A lista ADESG, sabidamente existente, um rol de maquineiros contribuintes da associação, continham os nomes de
ORLANDO e de MAURÍCIO.
O diálogo entre JABÁ e MAURÍCIO, quando informa que o Grilo da Delegacia tem parentes que têm máquinas caça-níqueis
e quer colocá-las nos pontos onde já há caça-níqueis demonstra novamente a co-propriedade nestas maquininhas.
O diálogo entre Ana e MAURÍCIO, que é instado a pagar um pouco mais da rescisão de Renata é outra prova de que
MAURÍCIO tem sociedade com JABÁ na lan house.
E neste local, segundo os diálogos, há máquinas caça-níqueis, pois JABÁ, por várias vezes disse estar neste local e por
várias vezes indagou a MAURÍCIO se o rapaz das máquinas não vem.
20) JOSÉ ORLANDO SOUZA FERREIRA
Viu algumas vezes VINÍCIUS DALBEN ALVES na loja de carros do Bruno. Nunca teve inimizade.
JABÁ tinha loja na Emilio Ribas e os contatos eram esporádicos.
WILSON CEBITO conhece da loja de pneus na Praça 8 de Dezembro. Os demais réus não conhece. Levava seu carro
particular para alinhamento e balanceamento no estabelecimento de WILSON.
Não tinha máquinas. Apreendeu muitas máquinas
Disse que já ouviu falar em Pérola Negra e Abóbora. Não conhece Carlão da Padaria. Não se recorda se apreendeu maquinas
de ROBERTO ABÓBORA.
Nunca falou pessoamente nem por telefone com ROBERTO.
Nunca ouviu falar em organização criminosa e nem tampouco presenciou tal ato.
Trabalha há 17 anos em Guarulhos, nunca teve sociedade com MAURÍCIO, lícita ou ilícita...diz que não sabe o que falar.
Diz que comprou dois celulares, um com o nº 7866-3719, o seu, e outro com a linha 7866-3720. Este último aparelho deu
para MAURÍCIO, porque ele estava com problemas de restrição creditícia e não podia comprar.
Reclama do Juiz porque levou em consideração uma ligação do dia 18.04.09, 17h18min, 7866-3719, considerando JABÁ
como um dos interlocutores. Esclarece que, em verdade, o interlocutor é João Ratão, que tem uma lanchonete em uma garagem,
pessoa amiga da família.
Executados os áudios: 1) 02.04.09, 7866-3719, 16h16 reconheceu como sua; 02) 02.04.09, 19h51 7866-3719 negou ser
sua; 3) 02.05.09 confirma a ligação.
Conhece Zulu, Carioca o mecânico, Laércio do 8º, policial readaptado, Lima, que foi chefe, Ailton o despachante e Poca
não conhece.
Sobre a ligação do dia 15, diz que é o Rogério, investigador, falando com a esposa. Não está fazendo ligação do seu
Publicação Oficial do Tribunal de Justiça do Estado de São Paulo - Lei Federal nº 11.419/06, art. 4º