Disponibilização: Sexta-feira, 5 de Novembro de 2010
Diário da Justiça Eletrônico - Caderno Judicial - 1ª Instância - Interior - Parte I
São Paulo, Ano IV - Edição 827
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telefone; garantiu.
Tem um apartamento que não constava do mandado e por isto não adentraram.
Pelo que conhece, JABÁ é pessoa idônea. Não se recorda, mas pode ser que tenha comprado algum carro dele. Não
conhecia IVALDO BATISTA.
Executado o áudio da linha 7866-3719 12h13 11.09.09 e indagado pelo Ministério Público o que mandou a esposa esconder,
respondeu que não mandou esconder, mandou guardar mil e quatrocentos reais para pagar contas.
Reclama que dentre as razões da preventiva foi dito que poderia subtrair provas, coagir testemunhas, mas apresentouse voluntariamente assim que soube da prisão de MAURÍCIO. Ligou para seu advogado, que ligou para um Delegado da
Corregedoria para dizer que o réu se apresentaria, depois foi até o prédio da Consolação, onde aguardou por mais de duas
horas. Se quisesse ter fugido, teria conseguido.
OBSERVAÇÕES DO INTERROGATÓRIO
Conforme já mencionei quando aprecie as teses de MAURÍCIO, há contra ORLANDO, além da imputação de VINÍCIUS, os
relatos de JABÁ, que num diálogo, sem pressões e medo, desinteressadamente, disse a Pingo, seu genro, que teve máquinas
em sociedade com MAURÍCIO e ORLANDO na Casa do Norte do Ciço, na Rua Emílio Ribas, onde faturavam seis mil reais por
mês. Falou, ainda, que neste ponto, a Seccional não deixa colocar as máquinas e disse que até o Pérola Negra não conseguiu
manter os caça-níqueis neste local.
Um policial que disse ter apreendido muitas máquinas não pode alegar que não conhece ou não ouviu falar em Pérola Negra.
Além deste nome constar da lista ADESG, uma associação de maquineiros, que controlavam o jogo de máquinas mediante um
selo que punham no monitor para distinguir associados de não associados, que em última análise significava pagantes ou não
pagantes de policiais.
Os não associados tinham os chicotes cortados e se quisessem associar, podiam fazê-lo mediante pagamento de R$80,00,
por selo, sendo um selo para cada máquina.
E com o selo, a propensão para apreensão ou corte de chicotes era bem menor.
Há alguns diálogos entre JABÁ e ORLANDO. Há, também, diálogos entre ORLANDO e Nescau, técnico de maquineiros
como ROBERTO ABÓBORA, JABÁ e também de ORLANDO, desde à época em que VINÍCIUS DALBEN fazia as manutenções
das máquinas de WILSON.
21) EDSON DE SOUZA PEPPE
O depoente afirma que possui uma oficina de manutenção de computadores e também faz manutenção de noteiros.
Em 2005 fazia máquinas de música e leva sua vida dessa forma. Antigamente tinha um escritório e atualmente trabalha num
pequeno salão.
Ressalta que tem uma empresa aberta desde 1993 ( ESP Componentes Eletrônicos ME). Esclarece que se precisasse de
placa mãe fazia através de sucateiros, que vende lotes de computadores avariados.
Por sua atividade conhecia grande número de pessoas, já que fazia instalação de câmeras de segurança, telefonia em
condomínios etc.
Conheceu o réu VINICIUS como técnico, porque chegou ao depoente trazendo placas mãe para o depoente consertasse.
VINICIUS era conhecido por ser mau pagador e sempre que levava consertos para o depoente fazer mandava pendurar na
conta de ROBERTO, com que VINICIUS trabalhava.
Certo dia o depoente questionou quem seria ROBERTO e passou a conhecer ROBERTO por telefone.
Nunca soube de esquemas envolvendo policiais militares e maquineiros.
Nunca foi apresentado a policiais por VINICIUS. O depoente afirma que a denúncia não tem qualquer fundamento porque
tanto o depoente como sua esposa trabalham desde a manhã até a noite.
Às reperguntas da defesa responde que tem 48 anos e possui curso técnico de eletrônica pelo SENAI.
Desde 1990 conserta computadores. Esclarece que o nome do noteiro é identificador de notas, usado em máquinas de
salgadinhos e cigarros expostos em locais de acesso ao público.
Afirma que uma placa-mãe pode ser utilizada para variados fins, podendo ser usada para uma inúmeras finalidades.
Afirma que existem sites na Internet que fornecem jogos de caça níqueis. Cita um site de Minas Gerais que pode fornecer o
nome oportunamente.
Afirma que possui muitos contatos profissionais em Guarulhos. O depoente não possui casa própria e paga cerca de 600
reais de aluguel residencial e 400 reais de aluguel do escritório, o qual nem sempre paga na data do vencimento.
Publicação Oficial do Tribunal de Justiça do Estado de São Paulo - Lei Federal nº 11.419/06, art. 4º